sexta-feira, 2 de maio de 2008

Como fiquei um tempinho sem postar tô postando 2 vezes ok?


Dádiva
Alexandre Matias

Queria acordar e ver o seu sorriso
Mesmo que não seja ao meu lado
Não quero te contar das coisas tão banais
Que um dia eu vi
E em outro não
Quero te encontrar de peito aberto,
mesmo que não seja pra eu entrar
Quero viajar contando os passos cada dia
Até que um dia eu possa acordar
Quero te beijar em todos os meus sonhos
Quero ter você na imaginação

Eu quero tudo
Eu quero nada mais
Viver de bem com a vida sem ter que olhar pra trás
Eu sei, é difícil
Mas eu vou me mudar
Dessa esquina, de algum beco, de outro lugar

Queria poder ao menos te tocar
Andar trocando os passos até eu me encontrar
De linha em linha até eu rabiscar
Em torno dos seus lábios, do seu toque, do seu olhar

Nosso
Alexandre Matias

Será que vc ainda pensa em mim?
Saudade de quando tudo era “nosso”e não nos importávamos com nada
Você já conheceu outros caras bem mais interessantes do que aquele cara de 18 anos.
O que fizemos com o “nós pra sempre”
Onde eu errei?
Você errou?
A Angustia de estar longe do “nosso perto”
Era “nosso casamento” quando sua idade encostou na minha
Ainda lembra da “nossa Ana Carolina”
Voltando pra “nossa casa”, esquiando pelas “nossas calçadas” da Paulista
“nossa chuva”
“nosso chão”
com confort, lembra?
O que vc fez depois do “nosso ultimo” dia na selva de pedra?
Eu voltei pra “nossa futura” cidade quase morrendo, esperando “nosso Junho”
Não nego, sinto falta de vc
Sinto falta do “nosso amor”
Não que o “nós” ainda seja “nosso”
Mas que “Sua vida” esbarre na “minha vida” um dia

terça-feira, 22 de abril de 2008

BIZARRO!!!!!

Digamos que vc esteja numa lan-house porca, sem muitas espectativas, e aí depois de quase 1 hora checando seus e-mails você percebe que esqueceu o CD de dados com o próximo conto, seria no mínimo BIZARRO, você vir á uma lan no meio do nada, por pura e simples falta de opções, cansado de uma viajem ao centro da cidade de baixo de sol.
Minha irritabilidade me desespera; Bem que dizia minha mãe: "Quando a cabeça não pensa, o corpo padece"...
ALGUÉM ME AJUDA, ESTOU PADECENDO.
Eu já estava no centro, sei que esta merda de cidade é pequena, mas pelo menos uma lan decente eu encontraria, se bem que não estaria com o CD de qualquer jeito...Se bem que é próximo de casa, mas isso aqui tá fervendo de lotado, se eu pisar lá fora é capz de USURPAREM meu lugar...(Aqueles que sai de tápa por causa de net hehehe).

Bem então vou tecer alguns cometários concernentes a situação...

Saindo de manhã bem cedo( por volta de 12:00 Rs!) me deparei com um sol de RAXAR, fui até minha gaveta alcançar o protetor solar(Alérgico á raios Ultravilota), a porra tava zerada, pensei: "Não vou me irritar, nada pode acabar com meu bom humor hoje", segui.
Então percebi que a merda do Feriado tinha me rendido kg à mais, e minha calça suja, surrada, e bem velha que eu amo, não entrou legal, respirei fundo e repeti o pensamento, agarrei uma outra calça e me vesti.
Chegando no centro só peguei filas, passei na #@!#% cosméticos(anti-merchã) e comprei protetor e algumas coisas corriqueiras de higiene pessoal.
Agora estou aqui nesta Merda....Ainda bem que postar me faz Bem...


Novidades:
1. Mais um novo conto construido ontem, e postarei em breve, o mais engraçado dele, é que é engraçado!!!!

2. O meu livro de 1 ano e meio("Crônicas de Garcia") ainda não esta pronto, mas adicionei mais personagens à trama, parece que está ficando legal, além disso, uma enorme inspiração me prendeu ao teclado do meu pc esta semana e comecei outro romance, meio suspense...( "Arthur")


Outra coisa:
Esqueci de colocar a data que foi escrito o conto abaixo( 16/01/08), era até então o mais recente rs! Estou buscando e publicarei alguns textos e poemas perdidos na bagunça do meu pc, esses mais antigos, e mais "internos" porém interessantes.
Ahhhhh! talvez eu publique os contos antes dos livros rs!


Dicas:
Kate Nash pra ouvir;
Santiago Nazarian pra ler;
Jumper pra assitir;
Panquecas com molho funghi pra comer

Agradecimentos:
A Luana minha filha, pela net do ultimo post
A minha progenitora Mônica, pela mais fiél critica sobre mim e meu trabalho


VOLTEM EM BREVE PRA CONFERIR MAIS NOVIDADES!!!!!!!!!

Beijos e abraços

sexta-feira, 18 de abril de 2008


Pra começar:

O Blog está em fase de conclusão, já liberei os acessos pq eu sou muito ansioso rsrsrs!!! Aproveitem e me ajudem

ABRAÇOS DO ALÊ


Vestido Branco, Vestido preto
Alexandre Matias

Era dia, o dia mais escuro de que se tem noticia,
ninguém sabia pq, mas os pássaros não cantaram, nem cantariam.
Ela dentro de seu casebre fazia mingau, ou estava tentando fazer o tempo passar mais rápido.
Naquele dia sombrio a única coisa que passava,
eram transeuntes sem direção, os ponteiros do relógio pareciam se manter imóveis
Mexia na panela, mexia o mingau, assoviava, os vira-latas torciam as orelhas
Assoviava para preencher a lacuna que a falta do canto dos pássaros deixou.
Ela parou, olhou pela janela, se via ainda menina brincando no quintal de terra batida, mexia o mingau, mexia a panela, assoviava.
Depois de uma hora o relógio marcava um minuto corrido, as horas eram minutos, e tudo estranho, se perdia nas bolhas, assoviava, mexia a panela, mexia o mingau.
Era dia nove ou semana nove ou mês nove, já entardecia, o mingau pronto, sem sal, sem açúcar, sem gosto, o prato sem mingau, o mingau para os porcos.
Acende uma vela, para aumentar a claridade, apagou o fogão,varre o tapete tentando lembrar seu nome, foi em vão, colocou o vestido negro como ela, saiu, trancou a porta, soltou o burro, montou, partiu.
Ainda tenta lembrar seu nome, comprou flores, cartão em branco, não lembra o nome, segue.
Pára o burro em frente à velha igreja, do cemitério, da praça, da venda, então desceu e entrou na igreja, procura um rosto familiar, em vão, seguiu até o caixote que se carrega corpos sem vida, sem alma, aproximou-se, assustou-se, talvez seria, talvez não, se viu nitidamente dentro daquele caixão, não conseguiu chorar, não conseguiria.
Flores no chão lembra das velas acesas em casa, ou vai, ou não, com a janela aberta, o vento circularia, mas o vento apagaria? O vento Espalharia?

Não sabe, não se lembra do caminho até lá, vai a porta da igreja, procura o pangaré, ou era um burro, ou um cavalo, teria vindo a pé? Ou teria passado o resto da vida como mendiga, como doida varrida,moraria nessa cidade, nesse país, nessa Terra?
Pq tudo brilha tanto agora? Por que gritam seu nome, ela não lembra seu nome, não veste preto, veste branco, segue a luz, senti alegria, descansa em paz.

Era dia, o dia mais claro de que se tem noticia...